O mercado informal brasileiro é um universo rico em histórias de superação, inovação e resiliência. Em 2025, ele representa uma força decisiva para o crescimento local.
Atualmente, cerca de 40,3 milhões de brasileiros atuam na informalidade, o que equivale a aproximadamente 38% de toda a força de trabalho. Desde 2020, quando eram 29,7 milhões, houve um salto significativo impulsionado por crises econômicas e falta de vagas formais.
No primeiro trimestre de 2025, houve queda de 1,147 milhão de postos informais, indicando alguma migração para o mercado formal. Ainda assim, autônomos sem carteira somam 32,5 milhões de trabalhadores, quase um terço dos 102,5 milhões empregados.
Ao mesmo tempo, a taxa de desemprego atingiu 5,8% no segundo trimestre de 2025, a menor desde 2012. Esse cenário revela um mercado em transformação, mas com altas taxas de subemprego e vulnerabilidade.
As disparidades regionais reforçam desafios locais e oportunidades distintas para a prosperidade. Os estados do Norte e Nordeste têm índices mais elevados de informalidade:
Em Santa Catarina, 87,4% dos trabalhadores têm registro, enquanto Maranhão e Pará ultrapassam metade da força de trabalho em atividades sem proteção social.
O mercado informal atrai especialmente jovens de 15 a 29 anos e pessoas com menor escolaridade. Entre empreendedoras, 61% operam sem registro formal.
Principais atividades:
As motivações incluem flexibilidade de horário e ganhos imediatos. Para pequenas empresas, o custo de contratação formal pode ser até 183% maior que o salário, tornando a informalidade atraente no curto prazo.
A informalidade traz vantagens como agilidade na geração de renda, mas também precariza condições de trabalho. Sem FGTS, férias ou previdência, o trabalhador fica desprotegido em crises.
A economia formal sofre com menor arrecadação de impostos, enquanto o mercado informal é vulnerável a oscilações. Em períodos de recessão, muitos perdem sustento sem rede de proteção.
O país vem registrando crescimento do emprego formal, com 39,4 milhões de vagas com carteira assinada, mas a informalidade segue alta. Para promover a transição, há iniciativas em debate:
Também se discute a criação de cursos de capacitação técnica e financeira, acesso a contas digitais sem tarifas e incentivos fiscais para quem formalizar pequenos negócios.
A prosperidade no mercado informal depende da união comunitária e do empreendedorismo de bairro. Pequenos comércios, consórcios de serviços e cooperativas locais podem fortalecer cadeias de valor.
Principais estratégias:
O apoio de ONGs e prefeituras é fundamental para oferecer capacitação e microcrédito de baixo risco, facilitando a migração gradual para a formalidade.
Para garantir aposentadoria e benefícios de seguridade, trabalhadores informais devem planejar aportes em previdência complementar e fundos de emergência.
O crescimento previsto de 2,5% na economia da América Latina em 2025 representa uma oportunidade para ampliar horizontes. Investir em educação financeira e qualificação técnica será decisivo.
Ao fortalecer redes locais e exigir políticas públicas inclusivas, o Brasil pode transformar seu mercado informal em uma alavanca de desenvolvimento sustentável para comunidades de todo o país.
Este guia oferece um caminho prático e inspirador para que cada brasileiro veja no mercado informal não apenas um desafio, mas também uma fonte de oportunidades e prosperidade conjunta.
Referências